I Média - Joana

1- O que a Idade Média não é? Explique. Pág,04
2- A Idade Média não é um período exclusivo da civilização
europeia? Explique. Pág. 05
3- Os séculos medievais não são a Idade das Trevas?
Explique.pág.6
4- A Idade Média não tinha só uma visão sombria da vida?
Explique. Pág. 10
5- A Idade Média não ignorava a cultura clássica? Explique. Pág.
12
6- A Idade Média não foi uma época em que ninguém se atrevia
a ir além dos limites da sua aldeia? Explique. Pág. 14
7- A Idade Média não é sempre misógina? Explique. Pág. 16
8- A Idade Média não foi a única época iluminada por fogueiras?
Explique. Pág. 17
9- Qual a opinião de vocês sobre a Idade Média? Explique.
10- Fazer a referência.



1- A Idade Média não é um século. Não é um século, como o século XVI ou o século XVII, nem
um período bem definido e com características reconhecíveis como o Renascimento, o Barroco ou o Romantismo. É uma sucessão de séculos assim chamada pelo humanista Flavio Biondo, que viveu no século XV.

2- A Idade Média não é um período exclusivo da civilização europeia. Ao mesmo tempo que
a Idade Média ocidental, ocorre a do império do Oriente, que continua viva nos esplendores
de Bizâncio durante mil anos depois da queda de Roma.

3- Os séculos medievais não são a Idade das Trevas, as Dark Ages dos autores anglófonos.
Se com esta expressão se pretende aludir a séculos de decadência física e cultural agitados
por terrores sem fim, fanatismo, intolerância, pestilências, fomes e carnificinas, este modelo
poderá ser aplicado, em parte, aos séculos que decorrem da queda do Império Romano até ao
novo milénio ou, pelo menos, ao renascimento carolíngio.

4- A Idade Média não tinha só uma visão sombria da vida. É verdade que a Idade Média
está cheia de tímpanos de igrejas românicas repletos de diabos e suplícios infernais e que vê
circular a imagem do Triunfo da Morte; que é uma época de procissões penitenciais e, por
vezes, de uma nevrótica expectativa do fim, que os campos e os burgos são percorridos por
bandos de mendigos e de leprosos e que a literatura tem, por vezes, a alucinação das viagens
infernais. Mas, ao mesmo tempo, a Idade Média é a época em que os goliardos celebram a
alegria de viver e é, acima de tudo, a época da luz.

5- A Idade Média não ignora a cultura clássica. Embora tendo perdido os textos de muitos
autores antigos, conhecia Virgílio, Horácio, Tibulo, Cícero, Plínio, o Jovem, Lucano, Ovídio, Estácio, Terêncio, Séneca, Claudiano, Marcial e Salústio. O facto de existir memória destes autores não significa, naturalmente, que fossem do conhecimento de todos.




6- A Idade Média não foi uma época em que ninguém se atrevia a ir além dos limites da
sua aldeia. É bem sabido que a Idade Média foi uma época de grandes viagens: basta pensar
em Marco Polo. A literatura medieval está repleta de relatos de viagens fascinantes, ainda que
com uma abundância de elementos lendários, e os vikings e os monges irlandeses foram
grandes navegadores, para não falar das repúblicas marítimas italianas. Mas, acima de tudo, a
Idade Média foi uma época de peregrinações, em que até os mais humildes se metiam ao
caminho em viagens penitenciais a Jerusalém, a Santiago de Compostela ou a qualquer outro
famoso santuário onde estivessem conservadas as milagrosas relíquias de algum santo.

7- A Idade Média não é sempre misógina. Os primeiros padres da Igreja manifestam um
profundo horror à sexualidade, de tal modo que alguns recorrem à autocastração, e a mulher é
sempre apontada como fomentadora do pecado.

8- A Idade Média não foi a única época iluminada por fogueiras. Queimava-se gente na
Idade Média e não só por motivos religiosos, mas também por motivos políticos, pensemos no
julgamento e condenação de Joana d’Arc.

 9- A maneira como o conhecimento ficava retido apenas nos mosteiros, era um dos maus da sociedade da idade média, não importa o quão no buraco esteja a sociedade, se o povo tem acesso ao conhecimento, ela consegue se reeguer. 

10- Umberto Eco, Idade Média. 

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